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Cumprimos!

Também os professores e os educadores se comprometeram totalmente na luta contra a pandemia.

O ano letivo chega ao fim de forma mais ou menos tranquila, quase nos fazendo esquecer que se tratou do mais difícil de sempre para a maioria dos alunos, das suas famílias e, evidentemente, dos professores e educadores. Na verdade, não se tratou apenas de um ano letivo “atípico” – talvez o adjetivo mais usado para qualificar o tempo que vivemos – mas de um ano verdadeiramente difícil, senão dramático. Não me refiro à economia, onde a extensão dos danos está, ainda, por apurar. Estou a falar apenas da experiência a nível escolar e educativo.

Esta aparente normalidade de final de ano letivo deve-se, essencialmente, à capacidade de adaptação da comunidade educativa à revolução do ensino à distância. O que se passou a este nível foi verdadeiramente memorável e ficará para a história da educação em Portugal. Num fim de semana (do dia 13 março, quando foi decidido e anunciado o encerramento das escolas, para o dia 16, quando se concretizou esse encerramento) passamos do ensino tradicional, presencial, para um método que nunca tinha sido experimentado em larga escala, apesar de, teoricamente, todos acharem que tinha muitas potencialidades e que seria a realidade, num futuro mais ou menos próximo, conforme as perspetivas: o ensino à distância para todos.

Foram, só, dois dias; 48 horas! E o mais admirável é que, no dia 16 março, a maioria dos alunos pôde continuar a sua aprendizagem longe das escolas. É certo que muitos, só mais tarde, paulatinamente, tiveram esta experiência, mas isso não tira valor ao milagre educativo a que todo o país assistiu.

Tal milagre é ainda mais espantoso quando sabemos que aconteceu, praticamente, sem qualquer investimento público. Como que por magia, do nada, os alunos/as crianças foram contactados pelos seus professores/educadores; receberam atividades e orientações para o seu estudo; participaram em videoaulas; realizaram atividades de avaliação e foram avaliados.

Como foi possível essa transmutação tão rápida? Simples: os professores e os educadores puseram as suas casas e os seus materiais e recursos informáticos e de comunicação ao serviço do interesse público, para que os seus alunos e crianças não vissem o seu futuro adiado; para que, num contexto muito difícil, fosse feito tudo o que era possível para que a Covid-19 não paralisasse a sociedade.

Este foi o contributo inestimável dos profissionais da educação para o combate à pandemia que marcará de forma indelével estes tempos. Esta foi a linha da frente do combate a nível educativo, não diretamente do vírus, mas das consequências sociais que adviriam se os docentes não encarassem o seu papel social de forma tão responsável.

Tal como tantos outros profissionais, também os professores e os educadores se comprometeram totalmente na luta contra a pandemia e contra as suas consequências.

Cumprimos com distinção!

Parabéns a todos!

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