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Recomendação sobre a condição docente e as políticas educativas

Recomendação do Conselho Nacional de Educação de junho de 2016 sobre A condição docente e as políticas educativas (Conselheira/Relatora: Maria da Conceição Castro Ramos).

Aconselhamos a leitura na íntegra de um texto importante para a condição docente. No final, as 10 Recomendações, que replicamos em baixo, para combater diversos problemas que afectam os professores, embora se note a ausência de uma recomendação no que toca à indisciplina. Isto quando se sabe ser um dos problemas mais graves, obstaculizantes e geradores de stress no desempenho profissional docente (Alunos portugueses no topo da indisciplina e páginas 8 e 9 do jornal PROF#99), a par da burocracia e da precariedade.

Ainda a propósito da Recomendação do CNE, uma nota da Fenprof para os docentes do Ensino Particular e Cooperativo.

1. Recentrar a missão e a função docente no processo de ensino/aprendizagem, o que implica definir, com clareza, as funções e as atividades que são de natureza letiva e as que são de outra natureza, substituindo os normativos vigentes sobre esta matéria por um diploma claro, conciso e completo.

2. Assegurar como parte integrante do trabalho do professor uma componente destinada ao uso e desenvolvimento, individual e coletivo, de processos de ensino e de aprendizagem de alta qualidade e de metodologias de investigação que proporcionem uma permanente atualização.

3. Promover a instituição de redes de reflexão e práticas colaborativas, nas quais os professores trabalhem em torno do conhecimento específico da sua área disciplinar, da didática e da pedagogia.

4. Diminuir as tarefas burocráticas que ocupam tempos necessários para assumir em pleno as funções docentes, exigidas pela nova realidade pedagógica criada pelos agrupamentos e escolas.

5. Ter em conta na determinação do serviço docente a evolução profissional, valorizando o conhecimento e a experiência profissionais e reconhecendo a necessidade do trabalho em equipa, introduzindo medidas estimuladoras na base de um projeto pedagógico contratualizado e avaliado.

6. Garantir condições de estabilidade, designadamente profissional, a todos os docentes e o acesso a uma carreira reconhecidamente valorizada.

7. Reconsiderar as reduções de serviço por antiguidade e o modo como as horas de redução são preenchidas, para evitar atividades profissionalmente ainda mais exigentes.

8. Definir atividades específicas a desenvolver pelos professores nos últimos anos da sua carreira, no domínio da formação, da supervisão pedagógica e da construção de conhecimento profissional, entre outros.

9. Repensar a mobilidade profissional vertical e horizontal, entendida como a possibilidade de lecionação noutro nível de ensino, consentânea com as necessidades dos alunos e com as qualificações dos docentes.

10. Promover um processo de formação contínua que articule e torne coerente o desenvolvimento profissional docente com os permanentes desafios colocados à escola.

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