No âmbito das comemorações de «UM DIA PELA VIDA» que, este ano, se realizaram no município de São Vicente, o Sindicato dos Professores da Madeira e as equipas “Confie na Nossa Mão!”, “Esperança e Vida” e “Estrelas”, do Núcleo Regional da Liga Portuguesa Contra o Cancro uniram-se e promoveram neste dia 27 de junho a tertúlia “Prevenir o Cancro… mas e se o Diagnóstico chegar?” (álbum fotográfico). Teve lugar no Auditório do Sindicato dos Professores da Madeira, com moderação de Rita Pestana, também ela uma «vencedora».
Prevenir, mas aceitar e lutar se chega a doença
Rosa Boaventura Afonso realçou a importância da prevenção através da alimentação saudável (produtos frescos, simples e naturais, evitando o açúcar, sal e gordura e bebendo água em vez de sumos) e um estilo de vida, que inclua exercício físico, para manter o peso e a musculatura a funcionar bem. Os rastreios aconselhados pelo sistema de saúde devem ser feitos.
Gonçalo Camacho, um jovem «vencedor», salientou que é importante não sentir-se vítima e contar com o apoio de família, amigos e dos voluntários da Liga. No seu caso, a decisão de continuar a trabalhar e avançar com a vida, independentemente da doença, foi positivo. Isto a par de seguir os conselhos dos médicos à risca.
Outra «vencedora», Jardelina Oliveira, referiu que quando começou a aceitar as coisas, tudo começou a correr melhor. A ter um pensamento mais positivo e a ter esperança, pensando apenas no bem-estar do momento. Aconselhou a viver com consciência a dor e as emoções, numa gestão diária, de forma a evitar adicionar outros problemas como a depressão.
Lutar é mais difícil do que desistir ou vitimizar-se, fez notar. Das outras pessoas deve haver um sorriso, um aconchego, um abraço e a escuta. Dizer alguma coisa apenas se for para conforto, alertou. Caso contrário, se for para dizer frases como “a vida continua” ou “tens de dar a volta” é melhor então optar pelo silêncio. A ajuda dos outros pode ser acionada ao evitarem falar sempre no assunto da doença e respeitarem quando a pessoa deseja estar só ou quando procura desabafar e partilhar as suas emoções.
Os dois testemunhos vencedores deixam uma lição: a vida tem de ser vivida, e ao máximo, paralelamente ao acidente que é a doença. Inspirador para as outras pessoas.
Introduções à tertúlia e atuação do coro do SPM
O evento contou com a presença de Francisco Oliveira, coordenador do SPM, e Ricardo Sousa, presidente da Núcleo Regional da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que deram as boas vindas a todos.
Antes de dar palavra aos convidados, Carmo Melvill de Araújo explicou a origem americana deste projeto internacional denominado «Um Dia pela Vida» promovido pela American Cancer Society, que teve num médico o seu mentor, com o objetivo de angariar verbas para a investigação. Três palavras resumem a filosofia da iniciativa: Celebrar (os que lutam e os que vencem a doença), Recordar (os que partiram) e Lutar (contra a doença). O lema: «Vencer o cancro, caminhar pela vida – um mundo, uma esperança». Helena Toste Silva, por seu lado, deu conta do orçamento de 600 mil euros da Liga Contra o Cancro, que apoia 220 mil famílias.
O evento contou ainda com a solidária atuação do Coro do SPM, em que se destacou o tema «Um Dia de Cada Vez»./ Nélio Sousa (texto), Jackeline Vieira/Nélio Sousa (fotografia)