Acabo de nascer; o meu nome é PROF#ficaemcasa#. O meu pai é o PROF, a maior referência das muitas publicações dos 42 anos de vida do SPM. O meu nascimento não foi programado; sou fruto de um momento histórico da humanidade que poucos previram e para o qual ninguém estava preparado.
Nasci com uma missão: trazer-vos, diariamente, uma experiência deste surpreendente tempo novo. Serão reflexões, pensamentos, conselhos, sugestões, relatos de vida muito diversos entre si, mas unidos por um denominador comum: como estão os professores e os educadores a adaptar-se às novas circunstâncias com que se viram confrontados, inesperadamente.
Começarei por dar voz a alguns dirigentes sindicais do SPM, passarei a palavra aos delegados sindicais e, depois, darei expressão aos associados do SPM que queiram partilhar como estão a viver este período de reclusão contrário à natureza social dos humanos. Confesso-vos que estou ansioso por saber como vão os professores e os educadores resolver o que me parece ser o maior dilema que alguma vez enfrentaram desde os primórdios da sua profissão: educar e ensinar à distância. Será possível prescindir de um dos aspetos fundamentais da docência: o contacto próximo e direto com as crianças e os alunos? Haverá educação e ensino sem isso?
O que desejo é que a minha vida seja muito curta, porque quanto mais rapidamente vos deixar mais rapidamente a humanidade poderá voltar a tentar recuperar o tempo perdido. Será mesmo perdido? Voltará tudo a ser igual, depois deste interregno inesperado? Esquecerão os humanos, rapidamente, os ensinamentos da guerra que agora estão a travar contra um inimigo invisível, ou aceitarão que estão no limiar de uma nova era que exigirá reaprendizagens a todos?
O tempo, como sempre, dará a resposta certa, mas, por agora, demos voz a quem enfrenta o maior desafio profissional das suas vidas.
Permitam que me apresente
