Manifesto a mais sentida solidariedade a todo o povo venezuelano sofredor
No passado dia 20 dia de maio, em pleno 12.º Congresso, os sócios-delegados do SPM aprovaram a moção Um olhar humanitário [link: https://www.spm-ram.org/2017/06/02/um-olhar-humanitario/], sobre a situação dramática que se vive na Venezuela. Sem pretender aprofundar a questão política, mas não a desvalorizando, tratou-se, sobretudo, de uma afirmação, clara, de solidariedade para com o povo venezuelano que sofre pela “falta de ordem social, cívica e cidadã, da parte do governo” e devido à carência de “coisas básicas, como medicamentos, alimentos e integridade individual.” Ora, tratando-se de uma instituição defensora dos valores humanistas, o SPM não poderia ficar indiferente ao sofrimento desta nação, tanto mais que uma parte significativa da sua população é de origem madeirense. Na verdade, como se diz naquela moção, “Todos temos um parente, um amigo, um vizinho, que na Venezuela encontrou um meio favorável para desenvolver o seu mister. Pôde trabalhar e ganhar, amealhar o seu pecúlio e até contribuir para o desenvolvimento da sua terra natal.”
Não precisaríamos de ter madeirenses lá para sofrer com este povo e por ele exigir aquilo que desejamos para qualquer povo à face da Terra: o direito de escolher o seu rumo político, os seus governantes e o respeito pelos mais elementares valores humanistas. No entanto, o conhecimento dos muitos madeirenses a viver na Venezuela e os laços familiares que nos ligam a tantos deles anulam os quase 6 000 km de oceano que distam entre a nossa ilha e aquele país. É, pois, com enorme aperto de coração que vivemos cada dia de violência que passa e com esperança de que o bom senso impere e os anseios do povo venezuelano sejam atendidos pelos responsáveis políticos.
Como instituição de professores, preocupa-nos, também, que os nossos colegas venezuelanos não tenham condições para exercer o seu ofício livremente e que muitos deles não possam manifestar as suas opiniões sem o receio de serem perseguidos por divergirem de quem tem o poder. Preocupa-nos, ainda, a possibilidade de muitas crianças e jovens se verem obrigados a fugir para poderem encarar o futuro com otimismo. Por outro lado, manifestamos a nossa disponibilidade para ajudar todos aqueles que vejam na Madeira a saída para o seu sofrimento presente e, de um modo especial, todos os que venham a escolher as escolas da RAM para o prosseguimento dos seus estudos.
Em nome da Direção do SPM, aproveito esta crónica para manifestar a mais sentida solidariedade a todo o povo venezuelano sofredor e desejar que a situação do seu país melhore rapidamente.