Marília Azevedo, coordenadora Sindicato dos Professores da Madeira (SPM), reagia assim após a reunião de trabalho com Jaime Freitas, secretário regional de Educação e Recursos Humanos: «A Secretaria Regional não tem uma ideia para a Educação na Região.» Os assuntos são, em geral, remetidos para um tempo futuro, não se sabendo qual é a estratégia e objectivos para o sector educativo no arquipélago, como já o Programa de Governo deixava perceber (ver AQUI). Mantém-se a indefinição face a um punhado de dossiês pendentes, uma incerteza que não é do agrado dos docentes.
A reunião da tarde de quinta-feira, 22 de Dezembro, foi pedida pelo SPM, a fim de apresentar o seu caderno reivindicativo e saber dos planos e medidas do Governo Regional em termos de revisão da estrutura curricular, emprego docente e qualidade do ensino, revisão do Estatuto da Carreira regional, regime da avaliação do desempenho, desbloqueio da progressão na carreira de professores e educadores em condições de aceder ao 6º escalão ou o pagamento dos retroactivos em dívida aos docentes em exercício de funções na Região, sem esquecer as preocupações no que toca aos horários de trabalho e indisciplina estudantil na escola e em sala de aula.
Entre as poucas coisas adiantadas pelo secretário regional, além da garantia que os salários de Dezembro dos docentes estavam a ser pagos durante o dia de quinta-feira e sexta-feira, será apresentado em Janeiro de 2012 um primeiro documento de trabalho para a revisão de Estatuto da Carreira Docente, haverá a introdução da componente de currículo regional – mas sem colocar em causa a matriz e a unidade curricular nacional e centrando-se nas disciplinas essenciais, para não haver dispersão -, e reforçar a autoridade docente traduzida em acções nas vertentes jurídica e de alteração de comportamentos por parte da Secretaria Regional.